sexta-feira, 3 de julho de 2009

O triste palhaço alegre.

O triste palhaço alegre.
Era uma noite de sexta-feira, meados de maioe como era de costumesaíra na metade da aula, pois não havia necessidade de assistir as outras duas seguintes, que era de filosofia. Mas voltando ao caso inicial, me destaquei rumo a parada de ônibus que ficava a um quarteirão da faculdade. o tempo estava propício a uma caminhada despretenciosa. Era uma noite acinzentada, com nuvens carregadas como quem espera apenas um "agora sim" para que desabasse uma chuva torrenciasobre nossas cabeças, porém como parecia que esta ordem demorava, já se via um ensaio do que se prenunciara. As finas gota de água cortavam o vento e tocavam levemente meu rosto enquanto me dirigia a parada. Ao chegar lá, percebi que do outro lado, na passarela central da avenida, havia um palhaço que para mim não era estranho, já o vira outra vez pintando seu rosto ao pé de uma comprida árvore que lhe encobria. Neste dia que começo este pensamento, ele já estava trabalhando com um apito na boca como quem imita um guarda de trânsito e três bastões na mão fazendo uma espécie de malabare de forma que o terceiro bastão não caísse no chão. Fazia com uma junga de quem se divertia e de uma forma que desse tempo de passear entre os carros para recolher alguma generosa oferta dos motoristas. E assim foi sucessivamente nos cerca de dez minutos que ficava a espera do meu coletivo. Pode ser que eu esteja enganano, mas durante essa minha estadia repentina na parada não consegui visualizar uma vez se quer que este alegre palhaço triste conseguisse arrecadar uma moeda que fosse. Não sei o que se passava na cabeça daquele homem, ou se havia alguém que dependesse que naquela noite ele troxesse dinheiro para a janta ou almoço do dia seguinte... só sei que havia uma necessidade a ser suprida e não conseguia me sentia bem ao ver aquela cena. Por fim, ante que meu coração ficasse ainda mais entristecido e esmagado, meu ônibus, chamado carinhosamente por mim de "a linha do terror" passou e fui para casa. Deste então nunca mais o vi.

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